Campos dos Goytacazes despenca no IFDM e perde para municípios menores da região

Campos dos Goytacazes, maior cidade do Norte Fluminense e antiga líder na arrecadação de royalties, viu sua posição no desenvolvimento municipal despencar. Hoje, ocupa apenas a 55ª posição no ranking estadual do IFDM, atrás de municípios muito menores, como Carapebus (42ª) e São João da Barra (50ª). Até mesmo Quissamã (66ª), o único produtor que fica atrás, mostra que Campos não domina mais a região.

Macaé dispara enquanto Campos estagna

Em 2023, Macaé ultrapassou Campos em arrecadação total, com cerca de R$ 2,1 bilhões em royalties e participações especiais, enquanto Campos recebeu R$ 816 milhões. A cidade do petróleo conseguiu converter seus recursos em indicadores sociais muito melhores, garantindo alto desenvolvimento em Emprego & Renda, Educação e Saúde, enquanto Campos permanece presa à mediocridade.

Recursos abundantes, resultados pífios

Entre 2013 e 2023, Campos não conseguiu criar fundos de reserva, investir em infraestrutura duradoura ou preparar a cidade para o futuro, mesmo tendo liderado a arrecadação de royalties em 2013. Os números mostram:

• Educação: segundo pior índice do Norte Fluminense, apenas à frente de São Francisco de Itabapoana, apesar de uma melhora desde 2013.

• Saúde: abaixo da média estadual.

• Emprego & Renda: praticamente estagnado, sem evolução significativa.

Enquanto Macaé, São João da Barra e Carapebus usam cada real recebido para melhorar indicadores sociais e infraestrutura, Campos vive de receitas correntes, sem planejar o futuro ou proteger a população de crises.

Tudo em família

A estagnação se deu sob a gestão quase ininterrupta da família Garotinho, de 2009 a 2025:

• Rosinha Garotinho: 2009‑2016

• Wladimir Garotinho: 2020‑2025

A exceção foi o governo Rafael Diniz (2017‑2020), marcado pela queda abrupta da arrecadação de royalties e pelos reflexos da Lava Jato. Fora isso, tá tudo em casa, mas o resultado é claro: Campos não consegue transformar riqueza em desenvolvimento.